Cap. II – O legado de Allan Kardec
Allan Kardec, na “Revista Espírita” de outubro de 1867, ressaltou as importantes distinções existentes entre os médicos e os médiuns curadores, a saber:
É um erro crer que a mediunidade curadora venha destronar a Medicina e os médicos.
A mediunidade curadora vem mostrar à Medicina e aos médicos que existem na natureza recursos e forças que ignoravam e com os quais podem beneficiar as ciências e os doentes.
A mediunidade curadora depende da assistência dos Espíritos. Estes podem paralisar os seus efeitos, quando retiram o seu concurso.
O desinteresse material é um dos atributos essenciais da mediunidade curadora.
A faculdade do médium curador nada lhe custou; não lhe exigiu estudo, nem trabalho, nem despesas. Recebeu-a gratuitamente, para o bem dos outros, e deve, portanto, usá-la gratuitamente.
A Medicina é uma das carreiras sociais que o médico abraça para dela fazer uma profissão; e a ciência médica só se adquire a título oneroso, por um trabalho assíduo, por vezes penoso. O saber do médico é uma conquista pessoal, o que não é o caso da mediunidade curadora.
Haverá sempre médiuns curadores, porque sempre os houve, e esta faculdade está na natureza. Mas, os médiuns curadores só agem por influência fluídica, sem o emprego de medicamentos.
A mediunidade curadora é um modo especial e não um meio absoluto de cura. O fluído, como um agente terapêutico aplicável em certos casos de doenças, vem juntar-se aos recursos da Medicina. Assim, a mediunidade curadora e a Medicina podem marchar juntas, auxiliarem-se mutuamente, suplementarem-se e se completarem uma a outra..
A mediunidade curadora vai além do corpo material, porque engloba o ser espiritual. Este possui atributos próprios, percepções independentes dos órgãos corporais e, muitas vezes, revela conhecimentos adquiridos anteriormente, numa existência precedente.
(De: “TERAPÊUTICA ESPÍRITA”, de Geziel Andrade)
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