Se desejas aprender a lição
da indulgência, observa o raio de sol.
Dissipando a treva noturna,
desde à Terra, cada dia, recapitulando, mil vezes, o mesmo ensinamento de
serviço e de paz.
- Não teme os vermes que se
lhe associam.
- Não se queixa da corrente
enfermiça que flui do despenhadeiro.
Desce, contente e feliz, à
intimidade do precipício, com a mesma radiação com que nutre fontes e flores.
Aquece o sábio e o
ignorante, o santo e o malfeitor, os justos e os injustos, os bons e os maus,
com a mesma generosidade, dentro da qual assinala os cimos do Céu.
Ampara a erva daninha e o
bom grão, a árvore valiosa e o arbusto infeliz, com o mesmo carinho no qual se
desdobra, claro e otimista, sobre lares e asilos, escolas e templos, hospitais
e jardins.
Se a nuvem lhe empana o
caminho, espera que a nuvem se dissolva e torna a fulgurar.
Se a tempestade agita o
firmamento, aguarda a recuperação da harmonia e volta à missão do amor...
Não te esqueças.
O mundo jaz repleto de
obstáculos da incompreensão, de tormentos do ódio, temporais de lágrimas,
provações e infortúnios.
Aqui, em vales de sombra,
medra o escalracho da discórdia, ali, abre-se o abismo de aflitivas desilusões.
Além, multiplicam-se cardos venenosos do orgulho e do exclusivismo, da penúria
e da crueldade, e mais além, destacam-se, agressivos e contundentes, largos
espinheiros de intolerância...
Não perguntes, porém, pelos
impedimentos prováveis.
Não relaciones as
inquietações da marcha.
Recorda que o Cristo é o
Sol de nossas vidas e sê para as sendas que te cercam o raio de sol infatigável
no bem, espalhando em tua passagem o júbilo da esperança renascente, o dom
imperecível da luz e a graça do perdão.
Aprendamos a entesourar os
dons da vida, respeitando os ensinamentos que o mundo nos impõe, na certeza de
que entre a humildade e o trabalho, alcançaremos, um dia, os cimos da Luz.
Do Livro JÓIA
(Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel)
(Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel)
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